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Saúde na Terceira Idade

Geriatria

Cuidados com o aparelho locomotor

Descrição da imagem

O sistema locomotor é constituído por ossos, juntas e músculos, proporcionando suporte e possibilitando a mobilidade corporal. Estes elementos trabalham em conjunto para possibilitar o deslocamento e a manutenção do equilíbrio, tornando possível a realização de tarefas cotidianas. Divide-se em:

  • tronco;
  • pernas e pés (membros inferiores);
  • braços e mãos (membros superiores).

A mobilidade é essencial para a manutenção da saúde de qualquer pessoa, especialmente para os idosos. É indispensável que este grupo etário se mantenha ativo, pois uma vida sedentária contribui para um maior risco de doenças crônicas e outras complicações. Por isso, para garantir a boa saúde do paciente geriátrico, é fundamental que ele encontre meios de locomoção seguros e acessíveis. A falta de locomoção pode causar:

Osteoporose em elevação, úlceras de pressão resultantes do atrito devido ao prolongado tempo em uma posição, prisão de ventre, dificuldades urinárias e respiratórias, diminuição da força e tônus muscular, além do risco aumentado de infecções e embolias, são alguns dos potenciais problemas associados à falta de movimento adequado do corpo.

É fundamental tomar medidas preventivas para evitar possíveis problemas no aparelho locomotor, visando manter a mobilidade adequada e postura correta, a fim de prevenir danos à coluna vertebral.

Como orientar a correta movimentação do idoso?

Os idosos em repouso tendem a se movimentar pouco na cama, mas é recomendável que sejam incentivados a fazer rotações e mudar de posição, para evitar sérios problemas de saúde. O processo de rotação é bastante simples de ser orientado, mas, para facilitá-lo, o cuidador deve colocar uma tábua por baixo caso o colchão seja muito mole. Siga as instruções para cada movimento específico:

Mover-se na cama
Sentar
Levantar

Levantar da cama
Ficar de pé
Andar

Os pacientes que ainda se movem sozinhos podem fazer estes movimentos sem auxílio:

  1. flexionar os joelhos, apoiando os pés sobre a cama e virando as pernas para o lado que se pretende girar;
  2. entrelaçar as mãos e levantá-las, esticando os cotovelos simultaneamente.
  3. finalmente, rodar a cabeça para este mesmo lado.

Se o paciente for incapaz de realizar este exercício sozinho, o profissional ou o cuidador deve ajudá-lo, ficando a seu lado e seguindo as instruções do item acima. Para dar continuidade:

  1. segurar com firmeza o paciente, colocando as mãos sobre o lado do corpo que ficará para cima após o movimento;
  2. apoiar uma mão na altura do ombro e a outra nos quadris;
  3. depois, mover com delicadeza o paciente para o lado desejado, solicitando que ele olhe para as mãos, para que mova a cabeça ao mesmo tempo.

Sentar

É comum que idosos gozem de boa saúde e independência para se locomoverem, porém muitos enfrentam dificuldades relacionadas às articulações, ao sistema circulatório, à falta de vigor muscular e à coordenação motora, especialmente no que diz respeito à sustentação do tronco.

Reunimos algumas recomendações importantes sobre os tipos de assento aconselháveis:

  • os apoios para os braços são essenciais, para a maior comodidade e para facilitar os movimentos de levantar e sentar;

  • o encosto deve proporcionar um bom apoio para as costas, os ombros e a cabeça, deixando o idoso realmente confortável;

  • o material do estofado do assento deve ser firme, para facilitar a movimentação do idoso, e de fácil lavagem.

Realizando o movimento

  • se o paciente estiver muito incapacitado, o cuidador, ao sentá-lo, deve usar seus próprios pés e joelhos para firmar os do paciente;

  • o idoso precisa aproximar-se o suficiente do assento até encostar nele com a parte de trás dos joelhos;

  • a seguir, deve colocar as mãos sobre os braços da poltrona e inclinar-se para frente, flexionando os joelhos até se sentar.

Se o idoso não conseguir sentar-se sozinho, é importante que o cuidador o auxilie a se acomodar na poltrona, evitando que escorregue. Para isso, o cuidador deve segurá-lo pelas axilas até que as costas estejam apoiadas completamente no encosto da poltrona.

Postura correta do idoso sentado

  • apoiar completamente os pés no chão, evitando que eles fiquem pendurados. Caso seja preciso, coloque um suporte abaixo dos pés, como um banquinho ou almofada;

  • distribuir o peso do corpo, para que o idoso se sente com a postura correta;

  • manter as costas completamente apoiadas no encosto;

  • manter quadris, joelhos e pés formando um ângulo de 90°.

Levantar

Em muitos casos, os idosos necessitam usar bengalas ou se apoiar em qualquer outro objeto para se levantarem do assento. Isto pode ser muito perigoso, além de difícil e incômodo. Então leia esta seção abaixo e saiba como ajudar nestes casos:

  • o idoso deve ir até a beirada da cama, inclinar a cabeça e o tronco para frente com os pés apoiados no chão e ligeiramente separados, segurar os braços de apoio do assento com as mãos e dar impulso;

  • caso o paciente não seja capaz de se levantar sozinho, o cuidador deve segurá-lo pelas costas, usar seus próprios joelhos e pés para firmar os do paciente e colocar uma das pernas entre as dele, com o mesmo intuito;

  • quando o idoso tiver alguma deficiência em um dos braços, é recomendável que apóie o braço saudável no braço do assento, e dê um impulso sobre a perna mais hábil;

  • não é aconselhável superproteger o idoso quando for auxiliá-lo, tanto no sentar como no levantar. O cuidador deve prestar a ajuda mínima necessária para motivá-lo a fazer por si próprio.

Levantar da cama

O idoso com dificuldade, porém com movimentação independente, deve:

  1. colocar as pernas para a beirada da cama;
  2. apoiar os cotovelos e as mãos, e erguer a cabeça;
  3. baixar os pés ao chão, sentando na cama.

Caso o paciente precise de auxílio, o cuidador deve:

  1. posicionar-se de frente para ele, com os joelhos flexionados junto aos dele e usando os pés para firmar os do paciente;
  2. abraçando o idoso, por baixo das axilas, motivá-lo a se levantar, ao mesmo tempo que é puxado para cima até que fique de pé;

Existem algumas opções para auxiliar na transferência do paciente de uma posição deitada para sentada. Uma opção é utilizar uma escada de corda, que pode ser ajustada de acordo com a altura necessária. Outra possibilidade é o uso de trapézios, que ajudam na elevação do paciente.

Ficar de pé

A maioria dos idosos tendem a ficar curvados quando estão em pé. Por isso, deve-se sempre policiá-los e conscientizá-los da importância de manter a postura ereta. Ou seja:

  1. colocar os pés afastados, com um ligeiramente à frente do outro;
  2. posicionar os quadris paralelos ao tronco ereto, ainda que com uma ligeira flexão, e os pés apoiados no chão.

Andar

A locomoção em pessoas idosas pode ser comprometida por uma série de razões, tais como enfermidades de ordem física ou mental, além do próprio processo de envelhecimento, dentre outros fatores.

Caso o idoso precise de ajuda para andar

Para evitar que o idoso se acostume mal e promover sua segurança durante a caminhada, é recomendado que o cuidador caminhe ao seu lado e segure-o pela mão. Entretanto, é importante permitir que o idoso faça esforço para manter sua independência e mobilidade.

Caso o idoso precise de meio auxiliar para andar

Em muitos casos o paciente deve usar bengalas e muletas como auxílio para caminhar, o que requer muito cuidado e alguns conhecimentos básicos. Os meios auxiliares mais usados pelos idosos são:

Tripé e bengala de quatro pés: São recomendados para pessoas com idade mais avançada e com muita instabilidade, e são considerados muito estáveis;

Muletas: São consideradas de uso simples, mas em muitos casos não oferecem a estabilidade necessária, e por isso alguns idosos não se adaptam a elas. É fundamental que se faça o uso correto das muletas: o paciente deve colocar o braço na braçadeira de apoio e a mão no punho;

Bengala: é o meio mais utilizado. Deve ser usada do lado oposto ao lado lesado, e funciona como uma extensão do braço: deve-se posicioná-la pouco à frente do corpo e paralela a ele, a fim de melhorar a sustentação. É necessário atentar para o peso e a altura do paciente, além de conferir se a bengala possui uma ponteira com borracha antiderrapante;

Andadores: eles podem ou não possuir rodas. Para que seu uso seja correto, é necessário fazer pressão com as mãos, segurar nos punhos e posicionar o aparelho próximo ao corpo. Isto porque o idoso, em muitos casos, fica longe do andador, o que favorece o risco de quedas e acidentes. Os andadores são recomendados em situações mais graves, quando o grau de instabilidade é alto.

Caso o idoso não precise de ajuda para andar

Ainda que o idoso seja capaz de andar sem ajuda, é importante fornecer orientação sobre sua postura, que deve ser ereta e acompanhada pelo balançar dos braços. Deve-se relembrá-lo constantemente que é preciso levantar os pés para caminhar, colocando o calcanhar no chão antes da ponta do pé.



Este artigo pertence ao Curso de Cuidador de Idosos Faça o Curso completo!!
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