Garçons: a figura proeminente nos restaurantes
O crescimento massivo do turismo como fenômeno global e a aceleração de sua prática em diversas regiões do planeta nas últimas décadas têm atraído a atenção de inúmeros especialistas do setor para análises aprofundadas. A expansão dessa atividade é amplamente atribuída à globalização, um processo que torna as fronteiras praticamente irrelevantes. Ademais, contribui para essa tendência o acréscimo de tempo disponível para lazer, fruto de reformulações nas leis trabalhistas que buscam encurtar a carga horária laboral, culminando na formação daquilo que hoje é conhecido como a sociedade do bem-estar.
O notável crescimento quantitativo observado deve-se à fluidez com que pessoas e ativos circulam, permitindo declarar com firmeza que o turismo exerce um papel significativo na promoção do progresso social e econômico nos locais que recebe. Raro são os segmentos econômicos que demonstram tal capacidade de se moldar às particularidades de cada região, e é justamente essa característica que torna as discussões sobre turismo e desenvolvimento regional cada vez mais frequentes. Com isso, observa-se um aumento na busca por profissionais qualificados para preencher as variadas posições disponíveis nesse ramo. Entre esses profissionais, os garçons sobressaem como figuras proeminentes nas dinâmicas de um restaurante e, muitas vezes, como elemento chave, pois em grande parte dos estabelecimentos são eles que mantêm o contato direto com os clientes. Por tal motivo, a percepção pública sobre um restaurante está frequentemente atrelada ao desempenho desses trabalhadores.
Diante da vasta gama de opções gastronômicas, um atendimento de excelência não apenas encanta e fideliza o consumidor, promovendo maior rentabilidade, mas também assegura sua volta ao estabelecimento. Além disso, um cliente satisfeito frequentemente recomenda o local para seu círculo social, impulsionando o tradicional marketing boca a boca.
O restaurante
As raízes do estabelecimento gastronômico remontam à alvorada dos tempos históricos e pré-históricos. A emergência deste tipo de comércio está intrinsecamente ligada aos mercados antigos e feiras medievais, que demandavam que agricultores e artífices se ausentassem de suas residências por um ou mais dias. Essa necessidade os levava a buscar formas de se alimentar enquanto simultaneamente construíam ou solidificavam laços sociais, fraternos ou comerciais (FLANDRIN, 2000).
Um restaurante representa um local onde, contra remuneração, é viável acomodar-se para realizar refeições e desfrutar de bebidas, distante do lar. Quando em viagem, a presença de um restaurante pode ser facilmente reconhecida pelo ícone adjacente.
Existem múltiplas categorias de estabelecimentos gastronômicos, os quais se diferenciam pelo estilo culinário, natureza do atendimento, dimensão do local, entre outros parâmetros.
Alguns exemplos
- Estabelecimento de culinária clássica ou internacional – apresenta um ambiente sofisticado e oferece um menu composto por pratos de culinária internacional e uma seleção de iguarias locais.
- Casa de churrascos – dedicada ao preparo de carnes assadas sobre brasas, onde a superfície se torna caramelizada e o interior bem cozido. As carnes são frequentemente trazidas à mesa, enquanto outros acompanhamentos são disponibilizados em estilo bufê.
- Restaurante regional – destaca intensamente a cultura culinária de uma determinada área geográfica ou nação, tanto no menu quanto na ambientação.
- Café – estabelecimento que serve café, variedades de chá, bebidas alcoólicas e pequenos pratos.
- Pub – abreviação de public house, tradicional bar britânico que oferta tanto bebidas quanto opções de refeições.
- Restaurante de acomodação turística – geralmente fornece refeições primariamente para seus hóspedes e, em alguns casos, também atende visitantes externos. É comum que esse tipo de estabelecimento seja conhecido pelo serviço de desjejum.
- Comedor de corporação – restaurante situado nas dependências de uma organização, destinado a servir refeições aos empregados, com foco na praticidade e agilidade do serviço.
Ao frequentar um estabelecimento gastronômico, seja ele um cliente habitual, um visitante ocasional ou um turista explorando novos sabores, esse indivíduo anseia por uma oferta que transcenda simples refeições e bebidas. Ele almeja ser acolhido por um serviço de excelência, desfrutar de um espaço convidativo, contar com higiene impecável e vivenciar uma ampla gama de sensações. O grau de contentamento desse frequentador será determinado pela forma com que suas expectativas são atendidas em relação a esses aspectos essenciais.