Como a Imagem é Registrada?
O termo fotografia tem sua origem na língua grega, derivando de Photo (luz) e Graphos (escrita ou desenho). Nos dias atuais, capturar imagens pode ser realizado utilizando-se de filmes ou papéis fotossensíveis em equipamentos convencionais ou através de sensores de imagem em equipamentos digitais.
CONVENCIONAL: O Filme Fotográfico
O material fotográfico negativo colorido é composto por uma base transparente de plástico e três películas sensíveis às cores primárias. Essas películas contêm emulsões à base de sais de prata e gelatina, que servem como elemento fotossensível e veículo, respectivamente.
Os filmes contêm camadas com corantes negativos primários, que funcionam como filtros. Somente as informações de cores diferentes passam pelos filtros. Assim, cada camada registra apenas as nuances cromáticas de cores semelhantes à sua própria cor.
DIGITAL : O Sensor
As câmeras digitais utilizam sensores de captação de imagens CCD ou CMOS no lugar do filme fotográfico. No caso do CCD, as células formam pontos sensibilizados analogicamente, cujos valores são medidos e convertidos para sinal digital. A imagem final é composta pelo conjunto desses valores e de outros atributos extras necessários à formação do arquivo. Já o CMOS é formado por vários transistores para cada pixel que amplificam e movem a carga por fios condutores, dispensando a conversão do sinal, permitindo captações mais rápidas. Assim como nos filmes fotográficos, há filtros de cores para a captação das cores em RGB, RGBK, entre outros.
DIGITAL : Pixel (Picture Element)
Um microponto ou ponto discreto, é a porção mínima de uma imagem.
DIGITAL : Codificação Analógico > Digital
Conforme mencionado anteriormente, na técnica de captação por CCD, é imprescindível que a imagem seja digitalizada. Em síntese, cada pixel consiste em valores analógicos de cores (geralmente em RGB), os quais são convertidos em formato digital, possibilitando a amostragem de milhões de tons. Esses valores são, então, agrupados e, após receberem os devidos cabeçalhos e rabichos, resultam em um arquivo final sem compressão.
DIGITAL : Compressão JPEG
Dentre os tipos de arquivos de imagem, os raster possuem um alto consumo de memória devido à sua formação por pixels. A fim de reduzir o tamanho dos arquivos em bytes, é comum utilizar algoritmos de compressão, destacando-se o popular JPEG que, além de possuir elevada capacidade de compressão, garante uma qualidade final satisfatória. A figura abaixo ilustra de maneira esquemática o processo de compressão e descompressão do JPEG.
DIGITAL : Anti Aliasing
Devido ao formato original quadrado do pixel, as imagens digitais frequentemente apresentam um efeito de "serrilha" nos detalhes mais finos. Para minimizar esse problema, é comum inserir pixels intermediários nos contornos dos detalhes, criando uma escala em degradê que disfarça o efeito indesejável.
CONVENCIONAL x DIGITAL
Fotógrafos mais conservadores ainda defendem a qualidade da fotografia convencional como superior, tal como ocorre, ainda, com outros profissionais ao preferirem a fotografia em preto&branco. Na verdade, se levarmos em conta uma mesma resolução e óptica, a fotografia digital (1:4000 = 12 pontos de f) possui uma faixa dinâmica bem maior do que a convencional (1:32 = 5 pontos f), conforme se pode observar na tabela ao lado, segundo a PMA (Photo Marketing Association). Essa vantagem para o digital permite captações com detalhamento mais fino, com sombras bem mais suaves e menos contrastadas, capazes de amostrar detalhes antes ocultados pela fotografia em
cores tradicional.
Exercício prático 6: Fazer 3 fotografias com uma mesma câmera digital e de um mesmo assunto e ângulo, explorando 3 níveis de compressão distintos. Compararem os resultados obtidos.